quarta-feira, 24 de abril de 2013

A importância da Frugalidade na Construção de riqueza.


Olá galera, achei esse texto perambulando pela net e resolvi postá-lo aqui. Sinceramente um texto fantástico que explica muito bem a importância da frugalidade até que se torne rico. Eu já fiz um texto sobre isso, explicando o que é frugalidade (Leia aqui) e posteriormente farei um sobre como ela agiliza nossa independência financeira.  Cada real de aporte faz diferença, cada centavo economizado é um centavo ganho.
"Estive acordado até às 6:30 da manhã a ler o livro Stop Acting Rich (Pára de querer parecer rico) de Thomas J. Stanley, o autor do grande sucesso The Millionaire Next Door e The Millionaire Mind. É extraordinário porque o que muito do que o milionário "médio" fez para ganhar a sua fortuna é exactamente o que eu e a minha família fizemos para atingir a independência financeira. A premissa do livro é que a maioria das pessoas arranjam problemas financeiros porque tentam imitar os padrões de consumo dos ricos, mas não tentam imitar os activos financeiros que lhes permitem gastar esse dinheiro sem problemas financeiros. Por outras palavras, as pessoas querem o "símbolo do sucesso", como um Mercedes S600, mas não o próprio sucesso, como ser proprietário de três hotéis no valor de €14.2 milhões que gera €1.5 milhões de resultados antes de impostos quer o seu dono se levante da cama ou não.
Neste ponto, tive uma grande vantagem cultural na minha família. Tenho familiares que ainda vivem na mesma casa que compraram há 25 ou 30 anos atrás e que já pagaram totalmente há muito tempo, conduzem bons carros de modelos antigos, e afectam uma grande percentagem dos seus rendimentos a investimentos como apartamentos para alugar, empresas, acções, obrigações, fundos, etc. Com o tempo, estes investimentos ganham uma proporção considerável. Isto quer dizer que, desde criança, me habituei a ver o meu "sucesso" pelo total dos meus investimentos, pela quantidade de dinheiro que geravam, em vez do tamanho da minha casa ou o tipo de carro que conduzia. Se eu tivesse gasto €70.000 num carro, ninguém na minha família ficaria impressionado com isso, iriam dizer que tinha sido estúpido, que o juro não era dedutível no IRS, que o activo em questão era muito amortizável, e que eu poderia ter usado o crédito automóvel para comprar uma coisa pequena, como uma casa, por exemplo.
Hoje, que escrevo com esferográficas de €1.300 e uso um relógio Montblanc de €3.000, acho que estes bens são os únicos que alguns dos meus amigos vêem porque é o que a nossa sociedade consumista os influenciou a apreciar. Eles não vêem as coisas muito mais importantes que eu e o meu sócio Aaron fazemos para conseguir estes bens. Queria dar um exemplo de algumas das coisas que nós fazemos constantemente para que possamos gozar estas coisas sem nos prejudicarmos os nossos planos financeiros. Se amanhã, Deus nos proteja, o mundo acabasse e nós precisássemos de reconstruir a nossa riqueza do zero, eu venderia o Jaguar, deixaria de comprar bens de luxo e tornar-me-ia ultra frugal novamente porque o meu Balanço é mais importante do que o meu orgulho. Não tenho qualquer desejo de impressionar as outras pessoas. Eu quero a minha independência. Desde que terminei o meu curso, nunca tive de trabalhar para um patrão, passo todo o dia a gastar o tempo como bem entendo, seja a ler livros, a jogar computador, ou a começar novas empresas, e não estou disposto a "vender o meu tempo". (Isto não quer dizer que eu nunca aceitaria um emprego. Se eu achasse que uma empresa tivesse experiência num determinado assunto e eu estivesse interessado em aprender, aceitaria de bom grado submeter-me em nome da aprendizagem). O facto de as pessoas não estarem dispostas a fazer isto levou-me à conclusão que a maior parte das pessoas falham em conseguir o que querem da vida por duas razões: medo e orgulho. Muitas vezes, são a mesma coisa. Seja começar uma empresa, voltar à faculdade, namorar, ou perder peso, estas duas restrições auto-impostas impedem praticamente toda a gente que quer algo melhor do que tem neste momento de progredir.
O Segredo do Nosso Sucesso
O grande segredo para se ser financeiramente independente é converter o máximo rendimento disponível possível em rendimento passivo. Eu já escrevi muitíssimo sobre este assunto no About.com, principalmente no capítulo ‘Como Enriquecer'. A maior parte das pessoas começa com um salário. Se gastar menos do que ganha, pode investir o excedente em activos que produzam mais rendimento. No meu caso, tenho um interesse nulo em ser um senhorio do ponto de vista tradicional do termo, pelo que não estou interessado em investir em apartamentos para alugar. Um dia, no entanto, poderei comprar hotéis grandes. Isto é uma extensão da minha personalidade (não gosto de lidar com problemas individuais, prefiro dedicar-me a estratégias de longo prazo e deixar os gestores com as tarefas do dia-a-dia). Para conseguir isso, tem de aprender a ser comedido e fazer com que o seu dinheiro avance mais.

Aqui ficam alguns exemplos pessoais:
Quando era adolescente, o meu sócio Aaron trabalhou numa fábrica como porteiro, lavou chãos e fez limpezas. Pagava tudo a pronto de modo a conseguir poupar em vez de pagar juros aos bancos ou dos cartões de crédito. Quando tinha vinte e tal anos, continuou a trabalhar no Verão para poder pagar os estudos, tendo continuado a trabalhar em fábricas. Ele queria fazer isto? Não.
Quando eu era caloiro na Universidade, comprava a maior parte das minhas roupas num armazém em New Jersey. Por algumas centenas de euros, estava vestido praticamente para o ano todo, ainda que tivesse um aspecto terrível. Mais tarde, depois de um dos meus negócios na Internet ter começado a gerar dinheiro, pude entrar na Banana Republic, gastar o que quisesse, e não me preocupar com a conta porque ela estava totalmente paga. Sair da loja com sacos cheios de roupa no valor milhares de euros foi uma das coisas que mais prazer me deu na vida, ainda hoje, porque consegui comprar as coisas com as minhas ideias e não com o meu trabalho.
Muito antes do Jaguar, do Lexus, do escritório grande, do piano, das canetas, dos casacos de caxemira, e basicamente antes de comprar tudo o que queria, o meu sócio Aaron andava num Ford Escort de 1993 (que ele pagou a pronto) com mais de 200.000 Km. Quando os amigos e familiares conduziam carros novos e bons, ele fez a escolha de por o seu dinheiro a trabalhar em investimentos porque o seu Balanço era mais importante do que o orgulho. Foi por isso que ele praticamente se reformou antes dos 30, também. A maioria das pessoas não tem o orgulho suficiente para fazer isso - parecer pobre - porque são muito inseguras sobre elas próprias e da sua posição no mundo.
Durante a faculdade, eu recusei-me a comprar um carro e o Aaron tinha um Ford Escort de 1993 com mais de 200.000 Km. Praticamente todos os nossos amigos tinham carros muito melhores. Porque é que nós estávamos dispostos a parecer pobres (acreditem, se vissem o carro, compreendiam o que eu quero dizer) quando poderíamos comprar qualquer coisa melhor? Nós queríamos que o nosso dinheiro fosse canalizado para os nossos investimentos. Em vez de pagar carros, nós comprávamos acções da American Eagle Outfitters antes de elas subirem 700%. Comprámos acções da EnPro, um spin-off da Goodrich, quando não valiam praticamente nada. Comprámos acções de empresas como a Direct General e Yankee Candle antes de valerem uma fortuna. Cada cêntimo gasto em carros era um cêntimo que não iríamos investir nestes activos que geravam "rendimentos compostos". Se tivéssemos de escolher entre o nosso orgulho ou a nossa carteira, esta ganhava sempre. (Além disso, há um sentimento de grande satisfação quando alguém nos olha de cima numa das zonas mais ricas dos Estados Unidos, e nós nos rimos baixinho porque os nossos activos estão a gerar mais rendimento todos os meses do que essas pessoas ganham num emprego a tempo inteiro).
Fazemos muitas compras no Wal-Mart, Target, Sam's Club, e Costco. Também compramos muito material de escritório através de grossistas, em grandes quantidades.
Aproveitamos as campanhas dos bancos, que nos permite ganhar mais de 2% em descontos nas nossas compras. Com estas campanhas conseguimos poupar uns milhares de euros em compras todos os anos.
"
Em português de portugal mas bem tranquilo de entender. Mais uma vez créditos para esse cara aqui. Novamente, um excelente texto. Em outros posts vou contar minhas experiências com o fato de ser frugal, mas por mais difícil que seja, conservo essa qualidade com o maior orgulho. Podemos ver que é uma qualidade intrínseca dos grandes e acredito que seja uma das mais difíceis de desenvolver justamente por causa do orgulho. A questão de "parecer pobre". Mas você deve sempre lembrar da grandeza do seu propósito, e da conquista que será quando você não precisar mais vender seu tempo e poder desfrutar da sua família, amigos, livros e hobbys o quanto quiser. É clichê, mas não se deve julgar um livro pela capa, às vezes o que a pessoa tem no coração e na mente valem o que você não conseguiria em três vidas seguidas, seja humilde o suficiente para aprender com qualquer pessoa. Abraços galera.



4 comentários:

  1. Frugalidade é uma coisa importante. Vida simples e pensamento elevado.
    Ass: Anon3

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  2. Boa anon3, gostei muito da frase.
    "Vida simples e pensamento elevado."

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  3. ser frugal é importante, mas observe que em momento nenhum ele sofreu privações. Digo ele comprava roupas de uma marca mais barata, comia em restaurantes em conta coisas do tipo o socio tinha um carro usado. as pessoas confundem ser frugal com miseria extrema. gostei muito do texto parabens. Acredito que estamos no caminho certo

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  4. Com o preço da cesta básica está cada vez mais difícil ser frugal, e não dá pra economizar em tudo. Má alimentação gera gastos com saúde que são altíssimos.

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