segunda-feira, 12 de maio de 2014

Graham e os Dividendos


Um pouquinho do que Graham diz sobre dividendos:


"No começo de 1949, o rendimento anual médio gerado pelas ações nos vinte anos anteriores havia sido de 3,1% versus 3,9% para os títulos de longo prazo do Tesouro, significando que FSS 10.000 investidos em ações teriam aumentado para US$18.415 naquele período,enquanto que a mesma quantia em títulos teria se transformado emUS$21,494. Naturalmente, 1949 acabou sendo um momento fabuloso para comprar ações: na década seguinte, o índice de 500 ações da Standard & Poor's subiu em média 20,1% ao ano, um dos melhores desempenhos de longo prazo da história do mercado acionário americano.

2 Os comentários anteriores de Graham sobre esse assunto aparecem nas p. 19-20. Imagine só o que ele teria pensado sobre o mercado acionário do final da década de 1990, durante o qual cada novo recorde estabelecido era considerado uma "prova" adicional de que as ações eram um caminho livre de riscos para a fortuna!

3 O índice Industrial Dow Jones fechou no então nível recorde de381,17 em 3 de setembro de 1929. Ele não voltou a fechar acima daquele nível até 23 de novembro de 1954, mais de 25 anos depois,quando bateu 382,74. (Quando você diz que pretende adquirir ações" para o longo prazo", você se dá conta de como pode ser longo o longo prazo, ou de que muitos investidores que compraram em 1929 nem estavam vivos em 1954?) No entanto, para os investidores pacientes que reinvestiram sua receita, os retornos das ações foram positivos nesse período desolador simplesmente porque os rendimentos de dividendos superaram a marca de 5,6% ao ano. De acordo com os professores Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton, da London Business School, se você tivesse investido US$1 em ações americanas em 1900 e gasto todos os dividendos, sua carteira de ações teria aumentado para US$198 em 2000. Porém, se você tivesse reinvestido todos os dividendos, sua carteira de ações valeria

US$16.797! Longe de serem um pormenor, os dividendos são a principal força no investimento de ações.

4 Por que os "preços altos" das ações afetam os rendimentos de dividendos? O rendimento de uma ação é resultado da divisão de seu dividendo em dinheiro pelo preço de uma ação ordinária. Se uma companhia paga um dividendo anual de US$2 quando o preço de sua ação é de US$100 por ação, seu rendimento é de 2%. Porém, se o preço da ação dobra enquanto o dividendo permanece constante, o rendimento do dividendo cairá para 1%.

Em 1959, quando a tendência que Graham reconheceu em 1957 se tornou visível para todos, a maioria dos especialistas de Wall Street declararam que ela não poderia durar. Nunca antes as ações tinham rendido menos que as obrigações; afinal, uma vez que as ações são mais arriscadas do que as obrigações, por que alguém as compraria a menos que elas pagassem uma receita de dividendos adicional para compensar seu risco maior? Os especialistas argumentaram que o rendimento das obrigações superaria o das ações por, no máximo, poucos meses, e então as coisas voltariam ao "normal". Mais de quatro décadas depois, a relação nunca mais retornou ao normal; o rendimento das ações permaneceu (até hoje) continuamente abaixo do rendimento das obrigações."

Fonte: O Investidor Inteligente
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"A dor do esforço é temporária. Pode durar um dia, um mês ou um ano, mas eventualmente vai passar, e outra coisa tomará o seu lugar e essa coisa é o sucesso. Mas se você desistir ela durará para sempre." 
Eric Thomas

11 comentários:

  1. eu gosto e gosto muito de dividendos. falem o contrario o quanto quiserem, mas minhas ações podem cair a zero, desde que mantenham a grana entrando na minha conta...

    abraço,
    V.

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  2. Eu também V.
    Pra mim os dividendos são a forma de "renda passiva" das ações, enquanto eles continuarem entrando eu tô feliz, e são pontos cruciais pra mim na etapa de seleção das empresas.
    Abraços.

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  3. Já eu acho que os dividendos são sim, muito importantes, mas fazem parte de um todo e não devem ser analisadas isoladamente. Afinal, os dividendos, normalmente são menores do que as rentabilidades em outras modalidades de renda fixa. Ou seja, dividendo é só um (ótimo) complemento da valorização de ações.

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    1. Com certeza fazem parte de um todo, mas tem algumas vantagens sobre a renda fixa, por exemplo, se você escolheu boas empresas eles tendem a aumentar com o tempo, sem você aumentar o capital alocado, diferente da renda fixa. Além disso já vem líquidos de IR o que também é uma gigantesca vantagem.
      Abraços.

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  4. eu nem olho pros DYs quando vou pickar uma empresa

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    1. Cada um tem seus métodos, mas pra mim DY, Pay Out e P/L são fundamentais.
      Abraços.

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  5. GRANJA POBRETÃO

    MILHO PRA SUAS GALINHAS!!!

    CÓCÓCÓCÓCÓ!!!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Acredito que os dividendos têm que ser tratados de forma diferente, dependendo da fase de acumulação ou utilização do patrimônio. Durante a fase de acumulação, os dividendos devem ser totalmente reinvestidos para potencializar o crescimento da carteira.

    Estudos mostram que nessa fase, é melhor optar por empresas de crescimento (as que reinvestem o lucro para aumentar o patrimônio e ocupação do mercado) em vez das que pagam maiores dividendos.

    Já na fase de utilização, a tendência é optar por ativos que gerem uma renda passiva maior, visto que o objetivo é consumir esses rendimentos.

    Parabéns pelo excelente blog!

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    1. Muito obrigado Tarilonte! E com certeza, até o bolo crescer devem ser reinvestidos sempre!
      Grande abraço!

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