terça-feira, 25 de junho de 2013

As maiores crises da História.




Algumas semanas atrás saiu uma matéria falando que a Bolsa brasileira é a pior de 2013. Até o dia 20 o Ibovespa tinha recuado 8.62%, enquanto os outros principais índices do mundo estavam batendo máximas. A matéria culpava três fatores: Eike Batista, Dilma e China. Nesse clima de queda, vocês sabem quais foram as maiores crises de todos os tempos? Se liga aí!

Crash: Em outubro de 1929, as ações de Wall Street começaram a acumular sucessivas e violentas quedas. Até 1932, as ações no mercado americano perderam 90% de seu valor e um terço da população estava desempregada. Foi a maior crise financeira da história dos EUA e até hoje economistas teorizam a respeito das reais causas da quebra da bolsa. O maior efeito sobre o Brasil foi a queda do preço do café, então um dos principais produtos de exportação do País.

Petróleo: Com a Guerra do Yom Kippur, a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo decide cancelar a exportação de petróleo para países que apoiaram Israel no conflito com o Egito e a Síria. Como resultado, os preços do produto disparam e atingem a casa dos US$ 12 em 1974, quatro vezes maior do que no ano anterior. Para o Brasil, o efeito mais notável foi a desaceleração do crescimento iniciado com o chamado 'milagre econômico': de 9% para 4,6% em 1978.

Segunda crise: Em meio à Revolução Iraniana, Ayatollah Khomeini assume o poder do país e passa a controlar a produção de petróleo, causando uma segunda disparada nos preços do produto - potencializada pelos temores de racionamento energético nos EUA. O valor do barril chegou perto dos US$ 40, o pico da década. No Brasil, houve aumento no custo dos combustíveis e racionamento. A dívida do País inchou com os crescentes custos da importação do petróleo. Além disso, o aumento dos juros nos EUA contribuiu para elevar ainda mais a dívida.

Mexico: O México atola-se em uma crise que culmina com a surpreendente moratória do governo mexicano em agosto de 1982. Mais de 40 países recorreram ao FMI, incluindo o Brasil, que viu a retração de seu PIB em 5% e a inflação ultrapassar os 200%

Em 19 de outubro de 1987, o índice Down Jones sofre a maior queda de sua história em um único dia: 22,6%. A combinação de temores com os empréstimos bancários, a desaceleração da economia e a desvalorização da moeda americana injetou pânico nos mercados americanos e o temor se alastrou pela Europa e pelo Japão. O Brasil quebrou novamente, suspendendo o pagamento da dívida. Na ocasião, como na atual crise, o Fed e outros BCs do mundo rapidamente intervieram, baixando taxas de juros. Na prática, foi a primeira crise que demonstrou o potencial de rápido contágio do pânico num mercado financeiro globalizado.

Ásia: Em 1997, um rápido processo de fuga de capitais e desvalorização cambial entre os chamados Tigres Asiáticos - Tailândia, Malásia, Coréia do Sul, Hong Kong, Indonésia e Filipinas - espalha medo nos mercados internacionais, em grande parte pela surpresa de ver mercados supostamente sólidos e confiáveis sucumbirem a uma crise financeira. O mercado dos emergentes foi afetado pela primeira vez, mas o Brasil conseguiu passar.

Rússia: Com a crise asiática, o preço dos commodities caiu em todo mundo e a Rússia, cuja economia depende largamente da exportação de commodities como gás natural e petróleo, declarou calote de sua dívida externa privada de curto prazo. A manobra acendeu a luz de alerta entre os investidores, que passaram a evitar mercados emergentes. Após ter passado quase sem sentir os efeitos da crise da Ásia, o Brasil foi afetado, enfrentando forte fuga de dólares. O governo reagiu elevando a taxa de juros, que chegou ao pico de 45% no início de 1999, e desvalorizando o Real, que até então mantinha a paridade com o dólar.

Terrorismo: A semana mais violenta na história das bolsas dos EUA, por qualquer indicador financeiro. A queda de 1370 pontos no índice Dow Jones foi uma das piores do século, com os investidores perdendo mais de 8 trilhões de dólares, ou 10% do valor total do mercado de ações. Uma recessão moderada atingiu os Estado Unidos, e surgiram as primeiras advertências sobre os riscos no mercado imobiliário.

Mercado imobiliário: A crise que afeta o mercado financeiro nos EUA e arrasta os negócios no mundo teve origem nas hipotecas americanas. Com o baixo juro e as boas condições de financiamento, muitas pessoas compraram imóveis e se endividaram. O juro subiu, a economia desaqueceu e a inadimplência aumentou. Os bancos que emprestaram dinheiro começam a mostrar o rombo. Além disso, o preço dos imóveis caiu. Pagando uma prestação mais alta e com o valor do bem menor, os norte-americanos reduziram o consumo. Às portas da recessão, os EUA anunciaram a maior reforma no sistema de regulamentação financeira desde 1929. O plano vai mudar a forma como o governo regulamenta milhares de negócios.

Daqui a uns dias tá saindo balanço novo, vai ser uma grande baixa, mas repetindo o que foi dito em outros blogs, as empresas que eu investi minha grana estão tão sólidas (ou mais) quanto antes, continuam lucrativas, com boa governança e pingando os dividendos na minha conta, então eu não perdi nada. Seu tio que é dono de um comércio, se o comércio está dando lucro satisfatório, ele fica querendo saber qual o valor da loja? Sua tia que é dona de uma casa de aluguel, se a casa está alugada e pagando bem, ela fica querendo saber o valor da casa? Assuma a postura de sócio, a única utilidade de cotação é na hora que encarteirar mais e aumentar seu patrimônio!

2 comentários:

  1. excelente, em especial o ultimo paragrafo que cita o comercio e a casa de aluguel, tem que pensar exatamente assim mesmo, a empresa continua c lucros constantes e saudáveis? em pleno funcionamento???? caiu a cotação eu compro, subiu eu mantenho reinvestindo dividendos!!! pode parecer até uma receita de bolo e realmente é... é tão simples que parece até mentira,

    Gaste menos do que ganha, faça bons investimentos , reinvista os lucros, aumente seu patrimonio a cada mês!!!! um dia poderá ter uma renda passiva maior que a ativa!!

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    1. Tudo bem aposentando jovem? Muito obrigado pelo elogio. Essa é a essência do Buy and Hold, que eu tento cada vez mais divulgar para que as pessoas parem de cometer erros e vender porque caiu. Uma ação, ora, por seus dividendos!
      Se todo mundo soubesse disso: "Gaste menos do que ganha, faça bons investimentos , reinvista os lucros, aumente seu patrimonio a cada mês!!!! um dia poderá ter uma renda passiva maior que a ativa!!"
      O mundo seria um lugar melhor. Abraços!

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