sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O vício em jogos Online. Pare, agora!





Olá pessoal, tudo bem? Pra quem joga online, acredito que esse post será de suma importância.

Quando eu era adolescente era viciado em Tibia, um MMORPG. Passei grande parte do meu 1º e 2º anos do colegial em frente ao computador. Virava madrugadas jogando, e todo, todo meu tempo livre ia para o jogo. Fora o dinheiro que pagava para ser premium account. O nível de vício era tão grande que cheguei a ficar 23:30 horas online em um dia, e só desloguei porque os servidores são desligados por 30 minutos para manutenção, diariamente. Meus pais viviam brigando comigo porque eu não fazia nada, só jogava, e eu simplesmente não percebia isso.

Me lembro que um dia tive uma briga feia com minha mãe porque ela desligou a energia pra me tirar do computador, e meu personagem do jogo morreu. E quem já jogou Tibia sabe que a perda é gigantesca quando se morre, o que te obriga a jogar o dobro. Eu não estava nem aí pra nada, só queria jogar. Contava os minutos pra chegar em casa, e jurava que não era viciado. Na verdade, todos são sintomas típicos do vício.

O que me estimulou a fazer esse post foi uma estatística que vi: a nova geração passa em média 10.000 horas da vida jogando online. Esse número é brutal. Para comparar, 10.000 horas é o tempo que você passa na escola durante a sua vida. E o que é mais fantástico é que existe uma coisa chamada a regra das dez mil horas, que mostra através de estudos científicos que os maiores gênios da terra foram formados com números em torno de dez mil horas de dedicação à área que são bons. Os Beatles, Mozart, Michael Jordan, Ronaldo e até Bill Gates seguem esse padrão, 10.000 horas de dedicação a algo e você é genial. Não, não é genética ou sorte, a ciência mostra que é como disse Edison "99% transpiração". Todos sabemos que a prática leva à perfeição, mas cientistas conseguiram medir a quantidade média necessária de prática para ter reconhecimento internacional, e são exatamente essas 10.000 horas desperdiçadas.

Outro número espantoso é que se pegássemos todas as horas juntas que os jogadores de World of Warcraft passaram resolvendo os problemas do jogo dá mais de 5 milhões de anos. Isso é tanto tempo que há 5 milhões de anos nem existia a raça humana. E se esses 5 milhões de anos tivessem sido empregados resolvendo problemas reais? E se você começasse a estudar, treinar ou trabalhar em pelo menos metade das horas que passa jogando? Não acredita que isso faria uma diferença BRUTAL no seu padrão e qualidade de vida hoje?

Como todo viciado a tendência é negar, assim como eu negava quando eu jogava, mas digo com conhecimento de causa: você sabe que é desperdício, lá no fundo tem este sentimento, então crie coragem e assuma, pelo menos para si mesmo. Para mim, o ponto de virada foi quando vi que estava ficando para trás em comparação com meus amigos que não jogavam. Alguns estavam se destacando na vida, enquanto eu me isolava cada vez mais porque só evoluía no jogo. "Tudo que você foca cresce"  e eu só focava em Tibia. Além disso, o desapontamento dos meus pais era crescente, além  de eu mesmo saber que estava jogando minha adolescência no lixo.

Um dia, aproveitando o fato de ter morrido no jogo, juntei a raiva e jurei para mim mesmo que nunca mais jogaria NADA no computador. Meus amigos me tentaram a voltar e meu dia ficava vazio,mas eu não voltei.
Preenchi meu tempo com duas coisas leitura (estudo) e esporte. Isso foi no fim do meu segundo ano do ensino médio. Comprei um patins e comecei a estudar. Nunca mais joguei nada, e acredito que foi a principal mudança que fiz em minha vida.

Estudei muito no terceiro ano, e passei em 2º lugar para engenharia em uma Universidade Federal. Aprendi a Investir com os livros que  li, e a foto abaixo mostra o resultado da patinação:


Esse sou eu com 17 anos mandando um FrontFlip na pista de Anápolis - GO.

A graduação que estou concluindo só veio porque parei de jogar e estudei. Senti sensações e emoções que a maioria das pessoas nunca vai sentir na vida andando de patins. Fiz diversos amigos, vi lindos nascer-do-sol, peguei várias menininhas que 'pagavam pau' pra skatistas e patinadores e o mais bacana, aprendi a investir através dos livros e a conquistar minha liberdade. Aproveitei muito minha adolescência e Afirmo com todas as letras: jogo é uma desgraça.

Se jogar é o seu passatempo, substitua. Hoje quando tenho tempo livre eu pratico esporte, leio, vejo filmes, escuto música, toco um instrumento ou assisto TV. Gosto muito de History Channel (risos). Assistir filmes e séries ou escutar música, por exemplo, é um passatempo que vai te engrandecer MUITO mais do que jogar. 

Por fim, aproveite seu tempo. Faça válida sua passagem na Terra e aproveite suas dez mil horas.



29 comentários:

  1. Cara, o que tenho visto por aí de jovens viciados em jogos, e a indústria adora... a indústria de games cresce a cada dia. Nas minhas épocas de Super Nintendo eu até jogava muito, mas só nas férias. Já tive muitos vícios na vida: comprar CDs, comprar revistas, etc... vício é algo inerente ao ser humano. O desafio está em se viciar nas coisas boas, tipo, vício de fazer caminhada, vício de correr, vício de ler como vc mesmo pontuou. O vício trás a sensação de bem estar à mente humana e somos então direcionados neste objetivo, o viciado sabe que é, mas não consegue se libertar daquilo, a única forma é trocar de vício, senão a mente não suporta.

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    1. Excelente ponto Uó. Todos temos nossos vícios, a questão é saber focar na coisa certa. Abraços!

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    2. Mudando de assunto, qual sua posição sobre whey? O que achou da reportagem do Fantástico?
      http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/inmetro-testa-marcas-de-whey-protein/3584722/

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    3. Cara, em primeiro lugar é dieta. Suplemento é comida em pó, se sua dieta não bater os macros pode entupir do que quiser que não vai acontecer nada. Tenho um amigo mesmo que voltou recentemente dos EUA com Optimen, Whey ON, Caseína e BCAA, mas não tem ideia nenhuma de nutrição. Só almoça miojo. Vai ser magrelo pra sempre. Tem um post sobre como montar dieta aqui no blog que é um artigo do Leandro Twin muito bom, dá uma olhada. Foi lá que eu aprendi e tá dando bastante resultado.

      Dito isso, suplementar é bem útil pra ajudar a bater os macros de forma mais fácil, e os defensores do whey alegam que sua vantagem é ser "de rápida absorção" o que ajudaria no pós treino, mas isso já foi provado que é lorota, o whey demora cerca de 60 min pra ser absorvido, além da "janela de absorção" durar 24 horas, então não há vantagem nenhuma em consumir whey frente a outras proteínas completas. Esse artigo aqui http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24149728 prova isso. Não houveram diferenças em quem suplementou com whey e quem suplementou com caseína, mesmo ela sendo considerada "lenta absorção".
      Então, pra que se arriscar comprando whey sendo que a maioria é farinha? Eu compro Prot. Isolada de Soja ou Albumina que tenho certeza de estar levando 100% proteína de boa qualidade por um preço bem menor. No ML mesmo se consegue 2kg de albumina naturovos (uma das melhores marcas) por 114 reais. E como disse, com a certeza de ser proteína, e não carbo. Se você puder levar um whey top aí é outra coisa, mas sinceramente, não acho que valha o CxB.
      Dá uma lida nesse artigo também:
      http://www.hipertrofia.org/forum/topic/87098-10-desculpas-esfarrapadas-para-vender-whey/

      Abração.

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  2. Eu realmente não entendo o jogar. Não digo vício em jogo, mas o simples jogar.
    Já joguei jogo de computador, playstation etc. Mas não vejo graça alguma nisso.
    Ficar lá apertando os botões e "curtindo" o que ocorre na tela.
    Acho o fim aquilo!
    Definitivamente tenho coisas melhores para fazer na vida.

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    1. Hoje em dia também acho muito estranho Anon. Quando vejo meu irmão jogando Guitar Hero por exemplo, penso: Porque não tentar tocar guitarra de verdade?
      Acho que tem coisas mais divertidas de se fazer!

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  3. Acho q vc está exagerando com os jogos em si.

    Uma coisa é ser VICIADO no jogo. Outra é jogar.

    O vício é algo que atrapalha o seu desenvolvimento pessoal e profissional, normalmente. Mas qq tipo de jogo é um hobby. O q vc ganha vendo filmes, por exemplo? Teoricamente falando, é só mais um hobby.

    Eu adoro xadrez, mas notei q estava ficando meio viciado e parei. Só jogo muito pouco e me entupi de coisas pra fazer (até por isso, o blog anda meio devagar)

    Saber reconhecer o vício é o primeiro passo pra fugir deles! hehehe

    []s!

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    1. Dimarcinho, ele está falando especificamente de jogos online. Esse tipo de jogo é feito para iludir o cérebro e viciar mesmo. Não é exagero do Thales, eles são perigosos mesmo.

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    2. Sim, eles são mais viciantes. Mas se for em doses normais, não vejo problemas.

      Qq vício está relacionado a exagero e troca de prioridades (onde o vício é SEMPRE a prioridade).

      Jogar poker 1h/dia não vai matar ninguém. Ver filmes 8h/dia vai sugar todo e qq tempo q vc tenha.

      []s!

      []s!

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    3. Fala DiM, tudo bem? Realmente eu estava falando especificamente de jogos online, porque Xadrez, Tênis, Futebol, todos são jogos (apesar de serem esportes também) mas já tem a vantagem da interação social, do exercício de raciocínio e outra inúmeras coisas. Já os online são feitos para te prender e te sugar. São feitos para viciar e dar lucro! Sim, lógico que tem gente que consegue controlar, assim como tem gente que consegue usar cocaína "socialmente".
      Mas a questão é que pra quê se expor a isso? Se não faz falta procure outro hábito mais engrandecedor!

      Quanto aos filmes cinema é arte e cultura, no mínimo te dá assunto para conversar em rodinhas. Agora, tente conversar sobre Hagnarok com alguém.... Fora o conhecimento histórico que se adquire com certos tipos de filme. Também existem os documentários, que também são filmes e ensinam bastante. Como toda arte deve-se filtrar para conseguir boas informações, mas é claro que trazem conhecimento.

      Faça a simples comparação, coloque uma pessoa assistindo filmes 8 horas por dia e outra jogando PC oito horas por dia. Ao fim de uma semana, quem terá mais conteúdo? A pessoa 1 se assistir um filme sobre a vida de alguém (Vargas ou Hitler, por exemplo) já terá mais conteúdo que a pessoa 2, que se der muita sorte aprende algo sobre mitologia no Age of Empires.

      O ponto que quero tocar é que é um hábito inútil que traz prejuízo na vida de muitas pessoas.
      Grande abraço.

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    4. Se vc assistir filmes de comédia pastelão não terá muito o q adicionar! ;-)

      Jogo é um hobby como qq outro, não vejo problema, mesmo os online. Inclusive, o xadrez q eu jogo é online! hehehe

      []s!

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    5. Dimarcinho, sua afirmação de que jogo é um hobby como outro qualquer é apenas uma opinião pessoal, mas ela carece de base científica. Leia meu comentário abaixo. Os jogos NÃO SÃO todos iguais. Há drogas recreativas que podem ser consumidas com moderação, como álcool, charuto, etc. Porém, há drogas que não podem ser consumidas sem que isso traga grandes desequilíbrios para o usuário, como heroína e cocaína. Há jogos muito bons, verdadeiras obras de arte, sem dúvida. Mas esses jogos online escondem verdadeiras armadilhas cognitivas e o objetivo deles NÃO é entreter ou divertir.

      Comparar jogos online com jogos normais é o mesmo que comparar cocaína com cerveja.

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    6. Troll,

      entendi a sua ideia e concordo parcialmente. Sempre gostei de jogar jogos de RPG, inclusive jogava de mesa e sempre foram meus preferidos.

      Mas nunca fiquei viciado em nenhum online. Muito pelo contrário, chega um ponto que é chato demais. Vc perde horas e horas e horas para ganhar apenas um nivelzinho de merda. Não sei q tipo de recompensa é essa..... rsrsrs

      Mas sim, concordo com o seu raciocínio no ponto de que eles são feitos para ti sugar.

      Mas não são como cocaína/cerveja, caso contrário eu deveria ser o cara mais viciado do planeta nisso.... rsrsrsrs

      ps - bebo mto mais cerveja do que jogo online, kkkkkkkkk

      []s!

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    7. Márcio, há alguns estudos que apontam para uma predisposição genética para o vício. De fato, pessoas expostas às mesmas substâncias não se viciam em mesmo nível. E ainda, algumas drogas viciam certos indivíduos enquanto em outros não provocam nenhum prazer.

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  4. Muito bom esse post!

    Infelizmente, os jovens mancebos relutam em que jogos são drogas genuínas. Em sua inocência, pensam que drogas são somente substâncias psicotrópicas, como cocaína e heroína. Ledo engano! Tudo aquilo que causa dependência (física ou mental) e limita o poder de escolha, causando comportamentos compulsivos, é droga.

    Nosso cérebro é viciado em prazer e dopamina. Esses jogos são feitos exclusivamente para estimular a produção dessa substância e viciar. São drogas altamente viciantes disfarçadas de joguinhos inocentes. Assim, elas podem entrar em sua casa e alcançar seus filhos sem você se dar conta disso. Toda recompensa exige muito esforço do indivíduo. Por exemplo, para aprender a andar de patins (coisa de biba! rs), você deve ter levado muitos tombos. Esses jogos atuam oferecendo uma recompensa imediata ao cérebro. E quanto mais tempo a pessoa investe, maior a expectativa de receber mais recompensa e reconhecimento. Por isso, quanto mais tempo o jovem se dedica, mais difícil fica largar esses jogos!

    Infelizmente, para muitos pais é conveniente permitir que o filho passe o dia inteiro isolado em seu quarto, pois dessa forma não precisarão se preocupar com a exposição dele às mazelas do mundo, como a violência que corre solta por aí. Mas privando os filhos de experiências, na verdade estão criando gordinhos tetinhas frustrados como esses rambos de teclado que acham que sabem de tudo, mas não viveram nada.

    Nossa geração foi a pioneira a ser exposta aos PCs, internet e smartphones. Precisávamos passar por isso. Agora que temos esse conhecimento, já sabemos como educar nossos filhos no que diz respeito a essas desgraças de jogos online.

    Você, como sempre, mandando muito bem, Thales. Exceto pelos patins... rs

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    1. Thales é meu orgulho na blogosfera. Penso que tenho a sucessão garantida por aqui.

      Victor.

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    2. Valeu pelo comentário Troll, fico extremamente feliz de você passar aqui!
      Realmente os pais permitirem é foda, depois é muito difícil largar. E com o acesso fácil a eletrônicos isso tem se tornado cada vez mais comum! Os moleques de hoje dificilmente sabem o que é correr na rua, soltar pipa e essas brincadeiras normais. Isso ensina a crescer, a brigar, a falar alto a se impor, quando necessário. Enfim, ensina a ser um "machinho" rsrsrs
      Quanto aos patins hoje em dia ainda tá melhor, na época que eu andava só tinha a Fabíola como representante, era uma vergonha kkkkkkkkkk

      E Victor, obrigado pela passagem e a parceria tá fechada sempre! Rsrsrsr

      Abraços!

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  5. Olá DI,

    Belo texto, mas concordo em partes.
    A minha época de vício foi jogando o Ragnarok. Isso me rendeu muitas brigas com a família e até com a namorada, mas fiz o que disse... Decidi que nunca mais ia jogar este jogo e assim o fiz.
    Hoje ainda jogo jogos online, mas de maneira mais branda. Como comentei com o Soul e com o Dimarcinho, jogo Starcraft 2 e Team Fortress 2. Dois jogos online que gosto muito, mas que não são mais um vício.
    Acho que tudo na vida é moderação. Viciados em livros podem os mesmos problemas que os que jogam. Viciados em malhação podem ter problemas opostos, enfim, tudo o que vai além do limite é ruim. ;)

    Uta!

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    1. Fala Estag, tudo bem? Cara eu concordo na questão da moderação, mas sinceramente são poucas as pessoas que conseguem parar. Por exemplo, meu irmão também jogava comigo, eu parei e ele até hoje não. Hoje ele é viciado em Dota, joga praticamente a madrugada toda. A maioria dos amigos que jogavam também não pararam. E o pior, não assume de maneira nenhuma que os jogos prejudicam.
      Então, pra quem é sucetível (como eu) ou quem não joga ainda, melhor passar longe.
      Abraços.

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    2. Sim, acho que o problema então não seria jogos online em geral, mas sim os MMORPG. Esses sim consomem vida e ai concordo 100% com você.

      Os dois jogos que comentei são de ação e por partidas, então fogem do MMORPG, acredito que por isso não são problemáticos. Agora, o que temos que ter em mente é, jogar em tempo livre e não achar tempo livre pra jogar.

      Uta!

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    3. " jogar em tempo livre e não achar tempo livre pra jogar. "
      Excelente colocação!
      :)

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  6. Rapaz, eu desperdicei milhares de horas de vida com pornografia. Esse troço é uma desgraça amaldiçoada. Por muitas e muitas noites ficava em sites caçando fotos e vídeos.


    Como resultado perdi tempo, dinheiro, amigos. Agi feito um retardado total. Tive problemas no trabalho, perdi documentos, prazos, datas, o cérebro fica embotado. Nada mais no mundo interessa, apenas a porra da maldita putaria online.

    Ver uma playboy ou Sexy de papel é interessante, mas ver sites e clicar é o lixo do lixo.

    Você fez o certo, buscou um esporte, saiu de casa, viu a vida. É isso aí.

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    1. Com porn eu nunca tive problemas, ainda bem. Acho que preferia o Tibia.
      E a questão é essa mesmo, é parar de uma vez e ir ver o mundo lá fora!
      Abraços.

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  7. Cara! eu até dei umas risadinhas aqui, porque o que você disse é verdade, nunca tive problemas de viciar em jogos on-line, mas tenho um primo que mora na minha casa, que é exatamente o que você falou. vou resumir o dia dele: Acorda tarde pq jogou de madrugada, lancha e vai trabalhar, volta pra casa, joga um pouco, janta e joga até de madrugada de novo. Ele mora aqui tem uns 2 anos e não lembro quando trocamos uma idéia, o cara parece um zumbi.

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    1. Exatamente meu irmão. Acorda morto pra ir pro trabalho, volta e joga até de madrugada. Repete no dia seguinte, e no fds dorme o dia todo pra compensar a perda de sono durante a semana.
      Foda!

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  8. Fala Thales!
    Certeza que vc retrata aqui a juventude de vários internautas.
    Meu recorde deve ter sido 13h sem parar. Minha adolescencia foi uma merda. Tenho sequelas até hoje. Só não foi pior, pois comprei uma bateria aos 12 anos e toquei bastante até os 18. Isso ajudou um pouco na minha socialização (alguns poucos shows e muléres).

    Quando entrei na faculdade, decidi que queria distância do computador e acabei pegando uma engenharia (ao inves de ciencia da computação, que era o meu "dom"). Mas não adianta. O trabalho todo é na frente dessa merda e chega em casa, tudo que faço é no PC (cursos, redes sociais, blogs, noticias, investimentos). Meus olhos cada vez mais atrofiados...

    Ultimamente ando com a produtividade baixa e muito desanimado. Vamos ver se dou a volta por cima. A atividade física, neste aspecto é uma benção... ajuda a sair desse estado depressivo.
    Estamos morrendo amigo e jogando nossas vidas "fora". Nao podemos desperdiça-la....

    obrigado pela reflexão!
    abs

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    1. Fala MF, tudo bem? Pô, pelo menos fez bagunça com a bateria! E parabéns pela Engenharia, eu sei que é difícil tanto entrar quanto sair!
      Eu também infelizmente trabalho o dia todo em frente ao PC e é horroroso. Eu sinto que muda meu humor, fico mais ansioso e sinto falta. Quando chego em casa também vou pra redes sociais, blogs...

      Mas pelo menos eu sempre pratico esporte, coloco como prioridade, e a leitura também. Uma coisa que faço que me ajuda é colocar "metas", por exemplo: Esse fds não vou tocar o PC. Faço qualquer coisa, menos pc, e por incrível que pareça na segunda eu tô MUITO melhor mental e sentimentalmente.
      Quando vou pra casa dos meus pais também não levo pc de propósito, e isso ajuda.
      Passa aí mais pra gente trocar ideia!
      Abração

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  9. Hey,Cara,cheguei a esse site / essa publicação justamente por ter problema com jogos. Para você ter ideia são 3:15 da madrugada e estou aqui ansiosa lendo tudo isso porque não quero ceder e jogar, estou escrevendo porque assim que terminei de ler isso me veio a cabeça "só uma partida" no mais, eu tenho predisposição a vícios. Meus pais são viciados (não em jogos), meu avós são e assim sucessivamente. Vícios, em qualquer coisa, são ruins. Mas digo por experiência própria que jogos são tão ruins quanto cocaína e etc. Eu tive/tenho muitos problemas de saúde mental (até mesmo físicas e de relações) devido a jogos. Tudo que eu conhecia, fazia e como agia estava relacionado a aquilo. Teve época em que eu não sabia mais separar realidade do virtual, tanto que estava apática, eu literalmente não sentia nada porque a vida tinha perdido aquele "Q" de realidade. Eu nao me importava com as coisas a minha volta. Pessoas que convivem comigo veem que quando eu jogo eu mudo totalmente. Fico mais irritadiça, sem sentimentos que não sejam para o game, eu novamente perco o "Q" de realidade, toda vez que jogo. Já deixei de comer, dormir, até mesmo de ir a escola para jogar, mesmo em dias de provas. Hoje em dia mudei muito, porém eu não consigo largar o osso, mesmo ele estando podre. Penso em pedir ajuda psiquiátrica. Sozinha não tenho força o suficiente para jogar o osso em algum lugar e simplesmente esquecer. Quero me desculpar antecipadamente comigo mesma porque assim que eu acabar de escrever isso vou jogar uma partida. Veja, esses jogos não fico mais de 20 minutos, mas saca? Eu tenho todo esse problema com jogos (disse coisas resumidas, mas o buraco é mais embaixo) e é algo que sei que deveria deixar de vez. Literalmente, nem 2, nem 20 minutos nisso. Eu acho horrível que nossa geração seja isso. Pessoas com problemas em se relacionar, entre outras coisas, porque simplesmente não tem maturidade emocional, tanto pelos jogos quanto pela tecnologia em si. No mais meu maior vício mesmo é ficar cutucando essas maquininhas, a pior parte é que você quer fugir, mas sempre tem algo lá te segurando. Você tem que fazer trabalhos nisso, tem que se comunicar por aqui, etc etc etc então é impossível que você de fato consiga viver sem que haja resquícios de tecnologia em algum lugar. Espero chegar a uma solução. É interessante que você escreva isso, porque querendo ou não ajuda a informar. Mesmo que, pessoas como eu, venham ler e continuar fazendo kkkk.

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